Exactly, who I am

Tenho feito estas tentantivas de escrita em função de controlar os pensamentos, que na maior parte do tempo me controlam, me sufocam, me fazem mal. Na maioria das vezes me sinto cansada, por esta luta sem fim, não é muito fácil ser você mesma nos dias de hoje, onde todo mundo tem uma receita de felicidade para te passar e se você fizer algo diferente do que todo mundo faz, cara você tá lascado. Tenho buscado compreensão, mas não existe compreensão na imposição de suas próprias verdades. Não somos iguais, portanto não quero ser igual a ninguém, só quero seguir meu caminho da maneira que eu achar melhor, com os meus próprios valores e crenças, meus sonhos e minha pouca ambição.

Na esquina

Hoje eu vi o amor,
Suas mãos de pele fina, calejadas pelo tempo
Tremulas, mas com a confiança de um touro
Ao segurar outra mão que não deixava esconder seus longos anos de luta,
mas mesmo assim ainda bela e delicada
As sacolinhas do mercado e seus olhares que se encontravam a todo momento, não se falava muito,
mas se entendiam há anos. Seus olhares que ora se encontravam, ora se distraiam mostravam algo mais além,
mas terno que a luz do sol à bater na janela cedo de manhã, mas doce que a mais linda flor,
mais intenso do que a chuva que cai e inunda cidades.
Hoje eu vi o amor, e ele sorriu para mim, como quem diz, você pode estar confusa agora, mas eu não te esqueci.
Nunca desista de mim, pois estarei sempre ali...na esquina.

Pedras ou flores?

Pedras ou flores?me questionei intrigada
o sorriso ou a busca,o doce olhar ou o indefinido
o simples ou o complexo, o verde ou o amarelo
só sei que minha dúvida me contenta
como uma luz que desce pelo meu ser e atravessa o meu corpo
e me completa e me faz viva e feliz
o que era velho fica novo, o cheiro que inebria
o sabor que sustenta, o olhar que me mostra mais do que eu possa ver
a dúvida só aguça meus sentidos
e me faz sentir dividida entre pedras e flores
cheiros e sabores, vida ou mais vida.

Em algum lugar

Vazio, confusão de pensamentos
Preciso que essas folhas caídas
sejam levadas pelo rio
e ele volte a ser cristalino novamente
Mas enquanto isso me aquieto
on/off da mente que, às vezes,
nem sente ou pensa que sente
sorriso entorpecente da mente
bem lá no fundo, procuro um novo eu
novo?antigo? sempre existi, escondida em algum lugar
entre folhas secas caídas que levadas foram
pelo vento forte do outuno
esse vento? era o meu clamar desesperado,
o meu grito no vazio, esperando a sua chegada.

Com quantos anos você vai morrer???

Certo domingo, perambulando no Facebook achei o seguinte teste: Com quantos anos você vai morrer?

Curiosa como o gato, fiz e o resultado foi que minha probabilidade maior era de morrer com 30 anos, eu já tenho 27, faltam só 3...rsrsr.O que pode parecer uma grande bobeira e ridículo de acreditar, mas a partir daquele momento começei a refletir sobre minha vida.

Poxa, o que já fiz até agora com minhas 27 primaveras?

Fiquei meio decepciona em perceber que vivo, mas aproveito muito pouco de tudo, talvez por medo, por excesso de valores e paradigmas encrustrados na mente ou sei lá por pura e terrível preguiça de viver.
E refletindo cada vez mais sobre isso, mas sem me bitolar com essa ideia maluca, resolvi rever meus conceitos e tenho buscado uma forma de tornar essa vida mais interessante.
Bem, eu não teria condições, de como Liz Gilbert em Comer Rezar Amar, viajar o mundo em busca de respostas, então resolvi fazer isso do meu jeito, nas pequenas coisas.
Busco sentar em bancos diferentes no ônibus, andar em trajetos diferentes, cumprimentar quem eu não conheço (convenhamos um Bom dia! não mata ninguém), sorrir mais, me permitir mais, me defender mais, contemplar as árvores, as flores, o sol, a chuva, o frio que me traz a rinite e me transporta para um outro planeta...rs.
Ajudar mais, aconchegar mais, abraçar mais....me doar mais. E assim vou vivendo esse novo eu, sei que dentro de mim estão todas as respostas, só eu posso trilhar minhas próprias escolhas e permitir que esse Deus que está dentro de mim se manifeste.

E não me esquecer que: A felicidade não tem data programada, não podemos ficar esperando um...quando...ou... se...ela deve estar dentro de nós mesmos e não em coisas, pessoas, lugares.

Olhos do coração

Uma fresta se abre, alegria?...interrogações, medo, frustrações.
Procuro por algo de difícil conotação,
essa busca toda tem um sentido amplo e verdadeiro.
Respiro fundo, abro e fecho os olhos, te sinto na brisa,
quero esse momento para sempre.
Nem sempre se pode ter tudo, me contento com o hoje, o agora, cada segundo.
Passado?imperfeito ou mais-que-perfeito só revelam um pouco da minha essência.
Futuro?quero sonhar e quero viver, nessa mesma ordem ou vice-versa.
Quero abrir meus olhos, mantê-los bem abertos, olhos do coração e pés no chão.