sábado, 25 de setembro de 2010

Coração vazio

Em meio ao nada,
ouço sussuros
mas nada que me faça entender
Procuro, sondo, observo
sonho, murmuro, me escondo
Tento gritar mas é como se minha voz imitasse o silêncio
Procuro compreensão ou mesmo um olhar interligado
Que fizesse com que os as luzes verdes
se encontrassem e se fundissem
Mas ao invés de sons só ouço o silêncio que ecoa em meio a
imensidão da minha alma
muitas vezes límpida, muitas vezes tomada pela lama
sei que essa onda de cores logo vai me encontrar
e acender o que agora é tudo escuridão
é tudo vazio
é tudo vago
é tudo silêncio
que haja luz

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Água e lama

Mergulhada nos meus pensamentos
Estes mesmos que adoram me trapacear
Vagueio, devaneio
Busca lá no fundo alguma razão
Razão pela qual essas águas não voltam ao seu estado cristalino
Lama, lama, esse quebra cabeça não tem se encaixado com perfeição
Perfeição?Somos tão inocentes diante desse mundo desastrado
Desço, volto, olho, rio, penso
Muitas vezes me perco no esquecimento
e caio lentamente numa imensidão sem fim
Será o nada? Ou nada será?